segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mudei(-me)

Novo blog:

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terça-feira, 20 de maio de 2008

Everybody's Free

Ladies and Gentlemen of the class of '99...
Wear Sunscreen.
If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be it. The long term benefits of sunscreen have been proved by scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience… I will dispense this advice now.
Enjoy the power and beauty of your youth.
Oh nevermind; you will not understand the power and beauty of your youth until they have faded. But trust me, in 20 years you'll look back at photos of yourself and recall in a way you can't grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked….You're not as fat as you imagine.
Don't worry about the future. Or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm on some idle Tuesday.
Do one thing everyday that scares you.
Sing
Don't be reckless with other people's hearts, don't put up with people who are reckless with yours.
Floss
Don't waste your time on jealousy; sometimes you're ahead, sometimes you're behind…the race is long, and in the end, it's only with yourself.
Remember the compliments you receive, forget the insults; if you succeed in doing this, tell me how.
Keep your old love letters, throw away your old bank statements.
Stretch
Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life…the most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds I know still don't.
Get plenty of calcium.
Be kind to your knees, you'll miss them when they're gone.
Maybe you'll marry, maybe you won't, maybe you'll have children, maybe you won't, maybe you'll divorce at 40, maybe you'll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary…what ever you do, don't congratulate yourself too much or berate yourself either – your choices are half chance, so are everybody else's.
Enjoy your body, use it every way you can…don't be afraid of it, or what other people think of it, it's the greatest instrument you'll ever own..
Dance
even if you have nowhere to do it but in your own living room.
Read the directions, even if you don't follow them. Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly.
Get to know your parents, you never know when they'll be gone for good. Be nice to your siblings; they are the best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.
Understand that friends come and go,but with the precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography and lifestyle because the older you get, the more you need the people you knew when you were young.
Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live in Northern California once, but leave before it makes you soft.
Travel.
Accept certain inalienable truths: prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you'll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders.
Respect your elders.
Don't expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund, maybe you have a wealthy spouse; but you never know when either one might run out.
Don't mess too much with your hair, or by the time it's 40, it will look 85.
Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it's worth.
But trust me on the sunscreen...

sábado, 29 de março de 2008

Harém do Pantera, ou Viagem de Finalistas



Apesar da minha total falta de espirito académico, que me tem acompanhado desde o início dos meus tempos como estudante no ISPA, e que permanece mesmo diante dos meus esforços em contrário, sempre achei que a viagem de finalistas era um acontecimento imperdível, o apogeu da vida académica, marcando o ínicio do fim. Era a última oportunidade para assinalar estes anos que custaram tanto a passar mas que, de repente, estão a chegar ao final. A última oportunidade para me sentir um bocadinho ispiana, para vestir a camisola. E, felizmente, fui com algumas das pessoas que mais foram ficando.

O destino era Brasil. 3 noites em Pipa, mais 2 em Maria Farinha, mais 7 em Porto de Galinhas. Do grupo de 37 pessoas, conhecia bem apenas 4, 3 das quais com quem ficaria (supostamento) no mesmo quarto em todos os hotéis. Éramos 32 raparigas e 5 rapazes, a proporção normal no ISPA. A nós juntaram-se os grandes Pantera e Rodrigão, o guia e o fotógrafo.

14 dias a comer buffet de arroz e feijão, tantas horas no autocarro, esperas diárias intermináveis, algumas chuvadas, um megafone incansável, almoços chulados, umas quantas pessoas ridículas, muitas fofoquices... E estas foram as coisas menos boas, que levaram a tantas boas gargalhadas. O resto, foi ainda melhor!

Praias lindas em Pipa, onde eu, a Vera e a Filipa perseguimos golfinhos; danças na praia, na torreira do sol; águas quentes, onde ficávamos até ter as mãos enrugadas; passeios de buggy em paisagens inesquecíveis; noites no deck do hotel, com a Ana, a Vanessa e a Catarina; reinvidicações e exigências; todo-o-terreno, quando não era suposto; solário no telhado de um jipe; monstros de argila; muitas compras; boicotes ás excursões; tantos bikinis; uma corrida no centro comercial; banhos em cachoeiras abusadoras; Aerobundas; Preguiças; Luaus com os indígenas; Luaus dançando incansavelmente á chuva; pequenos-almoços postos á mala; um passeio assassino no Banana-Boat; jogos de Volley na praia; térérés; jogos de cartas (tantos!!); Creu, Ivete Sangalo, Bolas de Sabão, Beber, Cair e Levantar; o Bar do Miguel; o GRANDE grupo das patricinhas, que já fazem parte; conversas sobre tudo e mais alguma coisa; atrofios; risotas; private jokes; confianças; amizades; uma despedida emocionada.

Foram momentos tão bons que criaram cerca de 10000 fotos. Um grupo tão heterogéneo, onde tão poucos se conheciam, mas que se deu (quase) todo bem, que já tem um site só seu, um grupo no hi5 só seu, e que fez um jantar três semanas depois de ter chegado. De repente, aquelas pessoas que estudaram 5 anos no mesmo sítio, só ao fim destas 2 semanas deixaram de ser estranhos. Voltei com mais de uma mão cheia de pessoas que me marcaram imenso e com tantas recordações, tantos momentos, tantos atrofios, tantas descobertas.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Aquela manhã



Estava sol, como em quase todas as manhãs daqueles cinco meses. Tinha deixado os estores mais abertos do que o normal e o sol iluminava o quarto já despido das minhas coisas. Seria a última vez que acordaria naquele quarto rodeado pelo fundo do mar. Sempre quis ter um quarto com o fundo do mar, não podia ter havido melhor altura. A cama já não tinha a minha colcha, a parede já não tinha as minhas fotografias, era só o mesmo quarto a que tinha chegado cinco meses antes. Já deixara de ser meu e estava quase preparado para um próximo ocupante, apenas as duas malas gigantes abertas no chão acusavam a minha presença.
Acordei minutos mais cedo do que pretendia com um telefonema que me prendeu áquela cidade durante mais umas horas, enquanto combinávamos encontrar-nos no aeroporto. Fui, pela última vez, á minha casa-de-banho e tomei o pequeno-almoço, pela última vez, na minha varanda, tão alta, tão privilegiada, enquanto olhava, pela última vez, a minha vista, tentando ser crescida. Chamei um táxi e esperei.
Cheguei ao aeroporto e fui logo fazer o check-in. As malas ultrapassavam o peso, mas como era dia dos namorados o senhor deixou passar. A Ale, a Ste, o Javi e o Mimmo chegaram. Sentámo-nos num café com assuntos triviais, com planos de encontros próximos. Eu era a primeira a deixar aquela cidade e aquelas vidas que tinhamos construído ali, aquelas amizades tão genuínas, tão simples. Falar da minha partida obrigava todos a aceitar que as suas também chegariam. Era tão fácil dizer que iamos manter contacto, que nos iamos ver tantas vezes.
A hora chegou. Em palhaçadas fomos nos carrinhos até onde eles não podiam ir mais. O nó na garganta era grande demais para deixar as lágrimas passarem, mas os nossos olhares não mentiam, estávamos tristes e só enganávamos a tristeza com sorrisos de esperança. Cada passo, enquanto me afastava, era um esforço.
O avião estava quase vazio, tão silencioso. Sentia-me adormecida, baralhada, triste. Deitei-me nos três bancos vazios e dormi. Não olhei pela janela para ver a vista de Lisboa, não queria estar ali. Nem o sol que se fazia sentir por cá ajudava. Não fazia sentido estar aqui. Não fazia sentido estar de volta a casa e sentir-me deslocada. Há poucas horas atrás estava em minha casa e agora nunca mais lá voltaria. Estava de volta, mas em pedaços.
Aos poucos fui-me reconstruindo até ficar mais completa do que antes. Mas por muito triste que seja voltar, vale sempre a pena ir.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Insónias

Ela acordou com o barulho dos actos a cair-lhe em cima. Ou era só alguém a montar qualquer coisa a horas vergonhosas da manhã e que lhe martelava a consciência. Teve medo de virar-se na cama e ser verdade, mas aquele calor que não era o seu não a deixava iludir-se.
Queria enroscar-se, pedir-lhe
- "Fica.",
imaginar que tinha outra história, outra vida. Mas estavam demasiado presentes as palavras da noite anterior
- "Podia apaixonar-me por ti..."
- "E se for só...?
- "O que é que tem?",
enquanto punha os braços á volta dela para adormecer.
Aquele à-vontade era tão incaracterístico nela, porém aquele estranho conhecia-a melhor do que ela queria admitir, e esforçava-se por sentir alguma culpa, algum remorso. Nada. Só aqueles olhos dum estranho tão familiares, tão compreensivos, porque a conhecia tão bem e sabia o que se passava dentro dela. Ou não. Olhava-a profundo demais, para cantos de si que ela ignorava, negligenciava. Confiava nele, queria contar-lhe todos os seus segredos e planos e sonhos. Sabia que nunca mais seria a mesma, não depois de alguém tão absoluto ter cruzado o seu caminho. Sentia-se privilegiada. Havia um canto do seu mundo que seria sempre daqueles momentos, daquelas emoções, daquela pessoa. Não havia um caminho de volta, estava num lugar completamente diferente. Em instantes aquela pessoa tinha-a mudado mais do que qualquer outra.
Não procurou que acontecesse. Também não evitou. Limitou-se a aceitar como inevitável, algo contra o qual não tinha armas para lutar, não tinha forças. Era maior do que ela. Sentia-se num mundo novo. Procurava em si um sinal de surpresa, de arrependimento. Forçava-se por o sentir, por ser a mesma de há tão pouco tempo atrás. Porém, sentia-se mais ela própria do que se sentiu durante anos. Sentia-se viva, multidimensional, livre. Livre.














We'll both forget the breeze.
Most of the time...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Livros

A PROFECIA CELESTINA,

James Redfield
Se o comover, se cristalizar algo que capta na vida, então transmita a outrem o que percebeu, (...) é exactamente assim que se está a desenvolver a nova maneira de ver o mundo espiritual; não já mediante qualquer alarido mediático, nem como uma moda passageira, mas sim como algo transmitido de pessoa para pessoa, através de uma espécie de contágio psicológico positivo entre os indivíduos.
A existência deste livro chegou-me precisamente assim, transmitido de pessoa para pessoa.
Não há coincidências.
Falavam dele de uma maneira especial, como se tivesse despertado dentro deles o conhecimento duma verdade, como se lhes tivesse desvendado um segredo, os tivesse iluminado, esclarecido.
E foi numa altura em que me dedicava particularmente ao meu lado espiritual que o comecei a ler, em que ansiava por algo mais do que isto. Isto, o dia-a-dia, a vida corrente, os gestos habituais, os encontros fugidios, as importâncias efémeras.
Não há coincidências.
A nota do autor falou-me directamente, falou-me de coisas que eu já pensava, que eu já sentia. Cada vez mais pessoas me falam de acasos nas suas vidas, de pessoas que conhecem e é como se sempre tivesssem estado presentes, de pressentimentos que se tornam realidade, de encontrar aquela pessoa que não vêem há anos mas em quem têm pensado ultimamente.
Não há coincidências.
Não é um livro espiritual, é um romance. Mas também despertou em mim qualquer coisa.
Não há coincidências.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Porque para mim foi muito importante: hoje fui, pela primeira vez, de metro até Santa Apolónia! Uma travessia que me (e a todos mais) era prometida desde aqueles primeiros tempos como estudante no ISPA finalmente aconteceu, a menos de 6 meses de acabar o curso (cruzar-os-dedos!!).
Sim, foi estranho parar nos Restauradores e não sair para estar (quantas vezes...) 20 minutos ao frio e á chuva, esperando o autocarro que, quando finalmente chega, vem sempre com meia-dúzia atrás. Foi estranho passar na Baixa-Chiado e não ouvir "última paragem". Foi estranho ver estações de metro desconhecidas quando ando de metro há mais de 10 anos. Estranho, mas bom. Foi bom subir as escadas para encontrar tantos comboios, tantas viagens, tantos destinos, tantas oportunidades. Foi bom chegar áquela estação que já testemunhou tantas partidas e chegadas minhas. E, principalmente, foi bom chegar á universidade em 20 minutos.