segunda-feira, 23 de abril de 2007

Frases Fáceis

Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga.

domingo, 8 de abril de 2007

Menina


Agora que sei que vocês vêm, de vez em quando, aqui dar uma vista de olhos, a pressão para retratar fielmente esta semana é maior.
Em quatro dias pude matar saudades de algum do melhor de Barcelona: os amigos, os passeios, as gargalhadas, os jantares, as batatas quentes, as bebedeiras, o castelhano arranhado.
Cheguei timidamente, com medo de me sentir meio intrusa, meio deslocada, mas o abraço do Javier que me levantou os pés do chão levou-me de volta a Erasmus. Troca-se um jantar japonês em Lisboa por um mexicano caseiro em Cascais feito pelo Ricardo e, com borboletas na barriga e um sorriso na cara, fica-se a par das novidades do último mês e meio (e parece muito mais...), com direito ao jogo da confiança com um trago de Jose Cuervo, e a testemunhos sobre pirilaus empinados.®
No dia seguinte, a boleia da Mariana levou-me quase como turista deslumbrada, emigrante esquecida, pelo Portugal dos pequeninos. Á má fila tornamos-lhes impossível não se apaixonarem pelo cantinho a beira-mar plantado. A ida á praia, e o passeio pelo Cabo da Roca (onde o Stefano quis ser o primeiro homem a cair no ponto mais ocidental do Continente europeu) e por Sintra conquistaram-nos facilmente. Até quiseram lá voltar no dia seguinte, antes de um curto passeio por Belém e um óptimo jantar em casa dos pais do Nuno, já parte integrante da família de Barcelona. A seguir, Coconuts, uma quase estreia para mim também, mas muito animada e cheia de iniciativa, e a noite acabou com uma viagem-aventura a levar a Ana a casa.
Último dia: de volta á Baixa, já com a companhia do artista Francisco. Parada no Adamastor. Já lá não ia há anos. Jantar no Bairro Alto, obrigatório, numa tasca portuguesa com certeza, pão e vinho sobre a mesa. E na despedida, até o Enrico chorou.
Menina, Lisboa. A minha menina, a menina dos meus olhos. Lisboa, deixou-me orgulhosa saber que te adoraram, que os encantaste, ouvi-los dizer que és das cidades mais bonitas que já viram, que és especial, que és única. Mas isso eu já sabia. Sou alfacinha-de-gema.
Menina, eu. O entusiasmo de estar com algumas das pessoas com quem alguma vez me senti melhor, mais tranquila, mais autêntica, como uma menina sem preocupações. Éramos desconhecidos, espalhados pelo mundo, com experiências diferentes, com backgrounds diferentes, e sem sabermos nada uns dos outros tornamo-nos indispensáveis. Mesmo por não sabermos nada uns dos outros não tínhamos por onde nos julgar. Só sabíamos que nos dávamos todos bem e que estávamos todos bem ali, em Barcelona.
Passei a semana com a certeza constante de que conheci as melhores pessoas com quem partilhar o meu e nosso Erasmus. Obrigada. Aos de lá e aos de cá..
Gosto muito de vocês!
Vos quiero muchisimo!

terça-feira, 3 de abril de 2007

Num Domingo (ou noutro dia qualquer....)

Um momento de proximidade.
Sinto o coração a bater acelerado e um nervoso miudinho que me apanha desprevenida e me impede de tirar os olhos do chão.
A rua está calada. A esta hora da manhã de Domingo, o pouco movimento não tem qualquer semelhança com as buzinas e alarmes dos carros, os gritos dos arrumadores, o zuuum dos carros que passam a grande velocidade, constantes por aqui.
Sinto o fresco da manhã e sinto-me preenchida, como se este sítio tão familiar se apresentasse com novas cores, novos cheiros.
A tua presença é tao confortável...
Falámos pouco e desajeitadamente. Ficou tanto por dizer.
Despedimo-nos com um abraço, tão próximo, tão sincero.
E foste embora.