sábado, 4 de agosto de 2007

Destino: Barcelona

Bitter-sweet emotions de um regresso a uma casa vazia, que guarda tantas boas recordações mas que sinto como fria. A mesma luz da última vez que andei neste comboio, um caminho que percorri tantas vezes, sozinha, acompanhada, agora vejo-o tão diferente, como se já não fosse o mesmo, aquele que conto ter feito pelo menos 14 vezes, levando ou apanhando visitas tão especiais.

Depois de largar as malas em casa do Javi, o 1º destino é Parc Guell, mas um Parc Guell que eu nunca tinha conhecido, por caminhos no meio do mato, longe dos turistas. Daí voltamos para casa, onde a Ana e o Fábio já nos esperavam. Já não têm conta as vezes que estive com o Javier, a Ana ou o Fábio em Barcelona, mas esta não se assemelhou com nenhuma. Eles são os resistentes, os que ficaram a guardar a casa, a esperar-nos de braços abertos. Não é Erasmus, agora sou uma visita.

O dia passado juntas, só as duas, em PortAventura ajudou-nos a esquecer onde estávamos, a esquecer tudo o que já aconteceu nesta cidade, a esquecer que estamos longe de todas as pessoas que a marcaram, que a fizeram. A sintonia entre as duas sente-se sempre: nos receios de vir a Barcelona, nos nós no estômago, nas recordações, nos momentos de cansaço, de "me aburro...", de "puta da loucura", de momentos kodak, de gargalhadas, e, against all odds, tivemos um super dia, passado em montanhas russas, em loopings, em Dragon Khans, em filas ao sol para descer 100m em 3s, em que a minha única reacção foi um tímido "foda-se" antes da descida.
De volta a Barcelona, o mesmo aperto, a mesma busca do sentido de estar de volta aqui. Mas nada que um jogo do "Eu nunca" com o Javier e a Teresa não resolva. Á porta de casa, um sofá abandonado que levamos para perto da paragem e no qual nos sentamos como VIP's á espera do autocarro que, claro, perdemos porque estávamos entretidos a sacar fotos. Apanhamos um taxi, juntamente com um alemão que também esperava o NitBus e que teve a viagem de taxi da vida dele! Li pânico nos seus olhos enquanto perguntava ao taxista quanto tempo faltava até à Plaça Catalunya. Encontramo-nos com o Fábio e a Ana á porta do Hard Rock e estamos prontos para sair, como saimos sempre em Barcelona: caminhar pelas Ramblas sem destino. "Pasa nada!"
No dia seguinte almoçamos com a Ana e o Javier, seguimos para as Ramblas já sem a Ana e daí para casa. Dança-se como loucas, canta-se, salta-se, joga-se futebol, tiram-se fotografias, fazem-se os filmes mais crazy, somos crianças. Sem preocupações. Saímos. Nas Ramblas, já com o Fábio, encontramos uma cadeira de rodas partida para a qual eu e o Javier prontamente subimos, cada um sentado num braço, até sermos perseguidos pela polícia. Despedimo-nos do Fábio, apanhamos o NitBus para casa...no sentido errado. Meia-hora depois apercebemo-nos disso, saímos do autocarro prontos para andar até casa. Na rua encontramos um carrinho de bebé estragado. Eu e a Teresa, empurradas á vez pelo Javi, fomos descendo uma rua enorme e inclinada, largando o carrinho ainda em pior estado. É incrível o que se encontra pelas ruas de Barcelona...até folhas de cortiça, que o Javier procurava há duas semanas em cada loja, ali estavam, deixadas nos chão, á nossa espera.



Barcelona continua a ser uma caixinha de surpresas, continua a surpreender-me. Reapaixonei-me por esta cidade que sempre me faz conhecer um bocadinho mais de mim, onde sempre faço coisas novas, onde exploro os meus limites. E que não seria nada sem as pessoas que a fazem de cada vez, que são quem cria os meus momentos..
Até breve, Barcelona.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Destino: Itália

Quando nao há palavras para descrever um sentimento, quando uma imagem vale mesmo mais do que mil palavras, ou frases, ou livros. Só temos aquelas pequenas expressoes tao espontâneas que marcam os momentos, que sao repetidas uma e outra vez e perdem o sentido quando ditas noutro contexto ou pela boca de outra pessoa. Seja um "quaaaaaanto manca?", um "Alfreeeeedo", um "per faviore".. Isso e as quase 1000 fotografias!!
Mais do que um país, mais do que todas as cidades que visitámos - Rimini, Ferrara, Veneza, Verona, Bréscia, Milao, Sirmione - foram sobretudo momentos, olhares, confidências trocadas, gargalhadas, músicas, filmes, noites, dias vividos intensamente. Mesmo quando o cansaÇo era muito, estávamos sempre de sorriso na cara, de gargalhada pronta.
Nao fomos turistas, nao eramos portuguesas, nem italianas, eramos cidadas do mundo, com vontade de ver tudo, de conhecer mais. Conhecemos imensas pessoas, fizemos imensos amigos - "Alfreeeeeeedo!!!" -, aprofundámos amizades.


Faltam-me as palavras:




















YEEEEAAAAH!