segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
terça-feira, 20 de maio de 2008
Everybody's Free
sábado, 29 de março de 2008
Harém do Pantera, ou Viagem de Finalistas
Apesar da minha total falta de espirito académico, que me tem acompanhado desde o início dos meus tempos como estudante no ISPA, e que permanece mesmo diante dos meus esforços em contrário, sempre achei que a viagem de finalistas era um acontecimento imperdível, o apogeu da vida académica, marcando o ínicio do fim. Era a última oportunidade para assinalar estes anos que custaram tanto a passar mas que, de repente, estão a chegar ao final. A última oportunidade para me sentir um bocadinho ispiana, para vestir a camisola. E, felizmente, fui com algumas das pessoas que mais foram ficando.
O destino era Brasil. 3 noites em Pipa, mais 2 em Maria Farinha, mais 7 em Porto de Galinhas. Do grupo de 37 pessoas, conhecia bem apenas 4, 3 das quais com quem ficaria (supostamento) no mesmo quarto em todos os hotéis. Éramos 32 raparigas e 5 rapazes, a proporção normal no ISPA. A nós juntaram-se os grandes Pantera e Rodrigão, o guia e o fotógrafo.
14 dias a comer buffet de arroz e feijão, tantas horas no autocarro, esperas diárias intermináveis, algumas chuvadas, um megafone incansável, almoços chulados, umas quantas pessoas ridículas, muitas fofoquices... E estas foram as coisas menos boas, que levaram a tantas boas gargalhadas. O resto, foi ainda melhor!
Praias lindas em Pipa, onde eu, a Vera e a Filipa perseguimos golfinhos; danças na praia, na torreira do sol; águas quentes, onde ficávamos até ter as mãos enrugadas; passeios de buggy em paisagens inesquecíveis; noites no deck do hotel, com a Ana, a Vanessa e a Catarina; reinvidicações e exigências; todo-o-terreno, quando não era suposto; solário no telhado de um jipe; monstros de argila; muitas compras; boicotes ás excursões; tantos bikinis; uma corrida no centro comercial; banhos em cachoeiras abusadoras; Aerobundas; Preguiças; Luaus com os indígenas; Luaus dançando incansavelmente á chuva; pequenos-almoços postos á mala; um passeio assassino no Banana-Boat; jogos de Volley na praia; térérés; jogos de cartas (tantos!!); Creu, Ivete Sangalo, Bolas de Sabão, Beber, Cair e Levantar; o Bar do Miguel; o GRANDE grupo das patricinhas, que já fazem parte; conversas sobre tudo e mais alguma coisa; atrofios; risotas; private jokes; confianças; amizades; uma despedida emocionada.
Foram momentos tão bons que criaram cerca de 10000 fotos. Um grupo tão heterogéneo, onde tão poucos se conheciam, mas que se deu (quase) todo bem, que já tem um site só seu, um grupo no hi5 só seu, e que fez um jantar três semanas depois de ter chegado. De repente, aquelas pessoas que estudaram 5 anos no mesmo sítio, só ao fim destas 2 semanas deixaram de ser estranhos. Voltei com mais de uma mão cheia de pessoas que me marcaram imenso e com tantas recordações, tantos momentos, tantos atrofios, tantas descobertas.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Aquela manhã
Estava sol, como em quase todas as manhãs daqueles cinco meses. Tinha deixado os estores mais abertos do que o normal e o sol iluminava o quarto já despido das minhas coisas. Seria a última vez que acordaria naquele quarto rodeado pelo fundo do mar. Sempre quis ter um quarto com o fundo do mar, não podia ter havido melhor altura. A cama já não tinha a minha colcha, a parede já não tinha as minhas fotografias, era só o mesmo quarto a que tinha chegado cinco meses antes. Já deixara de ser meu e estava quase preparado para um próximo ocupante, apenas as duas malas gigantes abertas no chão acusavam a minha presença.
Cheguei ao aeroporto e fui logo fazer o check-in. As malas ultrapassavam o peso, mas como era dia dos namorados o senhor deixou passar. A Ale, a Ste, o Javi e o Mimmo chegaram. Sentámo-nos num café com assuntos triviais, com planos de encontros próximos. Eu era a primeira a deixar aquela cidade e aquelas vidas que tinhamos construído ali, aquelas amizades tão genuínas, tão simples. Falar da minha partida obrigava todos a aceitar que as suas também chegariam. Era tão fácil dizer que iamos manter contacto, que nos iamos ver tantas vezes.
A hora chegou. Em palhaçadas fomos nos carrinhos até onde eles não podiam ir mais. O nó na garganta era grande demais para deixar as lágrimas passarem, mas os nossos olhares não mentiam, estávamos tristes e só enganávamos a tristeza com sorrisos de esperança. Cada passo, enquanto me afastava, era um esforço.
O avião estava quase vazio, tão silencioso. Sentia-me adormecida, baralhada, triste. Deitei-me nos três bancos vazios e dormi. Não olhei pela janela para ver a vista de Lisboa, não queria estar ali. Nem o sol que se fazia sentir por cá ajudava. Não fazia sentido estar aqui. Não fazia sentido estar de volta a casa e sentir-me deslocada. Há poucas horas atrás estava em minha casa e agora nunca mais lá voltaria. Estava de volta, mas em pedaços.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Insónias

We'll both forget the breeze.
Most of the time...